Crédito: The Bug Chicks
Palestrante: Kristie Reddick – The Bug Chicks (EUA)
Data: 29 de setembro
Resumo da apresentação
Insetos causam arrepios em muitas pessoas. Mas também fascinam, encantam e abrem caminhos para ensinar diversos assuntos relacionados a história, matemática, ciências, geografia e até literatura.
As entomologistas Kristie Reddick e Jessica Honaker abusam dessa capacidade dos insetos em atividades de ensino para crianças e adolescentes. O contato com esses animais “horripilantes” permite abrir a mente das crianças e adolescentes para preconceitos e pré-julgamentos.
O objetivo delas é mudar o pensamento das pessoas sobre os insetos e mostrar que o ser humano depende muito deles, como é o caso da polinização feita pelas abelhas e controle de pragas agrícolas realizado por diversos insetos. Além de receber escolas em seu próprio laboratório, elas visitam feiras e eventos para levar essa experiência às pessoas.
Na palestra que apresentou no ICE, Reddick mostrou as técnicas que usam para obter sucesso em suas aulas e como insetos e aranhas podem ser usados para ensinar assuntos complexos como justiça social. Atualmente, estão se dedicando ao treinamento de outros professores para que usem os insetos presentes em seu próprio ambiente escolar para fascinar seus alunos. O trabalho dessas empreendedoras pode ser acompanhado de perto no site: www.thebugchicks.com
Experiências semelhantes têm sido utilizadas com sucesso no Brasil. A Embrapa, com apoio do CNPq e da A.B.E.L.H.A., estruturou um espaço em Belém-PA para receber escolas e pessoas da comunidade e ensinar por meio das abelhas sem ferrão a importância da conservação e uso sustentável dos recursos naturais.
Outra iniciativa interessante está sendo feita no interior de São Paulo pela Dra. Isabela Fontoura. Ela construiu um laboratório móvel e visita escolas e eventos para ensinar assuntos de ciência de uma forma mais interativa com as crianças. A aula que mais chama a atenção dos alunos e, inclusive, dos pais, é a aula das baratas de Mandagascar, criadas em todo o mundo como animal de estimação. As crianças vestem-se de cientistas e têm a experiência de pegar as baratas gigantes com a mão e perder o medo dos insetos. No final da aula, cada aluno leva um filhote da barata para acompanhar seu desenvolvimento em casa. Essa iniciativa pode ser acompanhada em https://www.facebook.com/kombilab/
Por Cristiano Menezes – Embrapa Amazônia Oriental