Palestrante – David Tarpy – North Carolina State University (EUA)
Data: 28 de setembro
Resumo da apresentação
O aumento da diversidade genética, tanto entre as colônias como nas populações, é um mecanismo natural de imunidade para minimizar os efeitos negativos de ataques de parasitas e patógenos. Nos Estados Unidos, a apicultura migratória é muito comum entre os 10% de apicultores de larga-escala (90% dos apicultores nos EUA possuem baixo número de ninhos) e estes detêm cerca de 90% dos ninhos manejados no país.
Com o advento de técnicas moleculares, foi possível avaliar a saúde das populações de abelhas manejadas. Os pesquisadores detectaram que as colônias de apicultores comerciais possuem menor diversidade genética e as populações apresentam estruturas genéticas mínimas, sugerindo que podem ser em consequência da intensa atividade migratória.
Aliado a esse fato, quando os pesquisadores inocularam bactéria (Paenibacillus larvae) nas colônias, as larvas filhas de rainhas acasaladas com muitos machos (maior diversidade genética) foram menos suscetíveis à doença do que àquelas que eram filhas de rainhas acasaladas com menos machos (baixa diversidade genética).
Por Denise Alves – ESALQ/USP